quarta-feira, 29 de junho de 2011

Perfeitamente normal e Imperfeitamente humana!

POR LUCYNARA SANTOS

Eu não me formei na universidade Havard (EUA) KKK, mas também pude pagar uma boa universidade no Brasil, quer dizer

o meu pai conseguiu me dando assim, o privilégio de “apenas” dedicar-se aos estudos, não fossem os “bicos” que arranjei por um bom tempo como vendedora de roupas femininas para as colegas de faculdade, uma vez que como uma boa filha de “budegueiro/comerciante” eu tinha que vender alguma coisa para não me sentir absolutamente dependente do dinheiro de ninguém, inclusive do meu generoso pai, lição esta aprendida com minha grande mãezinha, também comerciante.  Mesmo assim, para minha sorte e felicidade, NÃO sirvo de exemplo para muitas coisas ou pessoas nesta vida. Sou a Miss Imperfeição, com muito prazer! A imperfeita que "faz tudo" o que deve fazer, enquanto filha, irmã, tia, namorada e profissional da Psicologia que também sou, apesar de toda imperfeição que me cerca e ameaça na hora de ajudar alguém a tentar entender suas próprias neuroses e loucuras de cada dia (...). Trabalho todos os dias, sempre fora de casa, pois na minha já citada imperfeição e com todo o meu respeito (e profunda admiração às profissionais do lar) não tenho a menor afinidade e apreço à rotina das tarefas domésticas. Não sei e até então, não gosto de cozinhar, nem lavar ou de passar, sou uma perfeita desinteressada na área, mesmo sabendo que talvez em breve, seja necessário incluir mais essa tarefinha na minha rotina diária, afinal de contas, casando-se ou não, todas as pessoas desejam ter a própria casa, onde, no meu caso (e também de outras tantas "desinteressadas na área), posso até perder o enorme privilégio de ter empregada/secretária do lar como tenho desde que nasci, nas casas onde moro ou já morei. Tomara Deus que o meu salário cresça um pouco (ou um muito kkk) mais para que eu realmente possa pagar o valor justo para ter uma profissional tão importante como esta em minha vida, e na de meu amado companheiro e filhos queridos, afinal é óbvio que eu queira sempre o melhor para mim e para eles também (...). Bem, além da minha relativa “irresponsabilidade” doméstica, também não costumo ser a amiga mais (oni)presente e (oni)potente de todos os tempos, muito embora já tenha sido convidada a sê-la algumas vezes (...). Amo e admiro verdadeiramente os meus amigos e colegas de trabalho, mas de um jeito só meu, de um jeito que acredito ser correto, mas se não o for, por favor, peço que me perdoem queridos amigos! De fato os estudos e o meu trabalho sempre foram supervalorizados mas, entre um expediente e outro sempre procuro enviar um torpedo de celular, um e-mail ou um oi carinhoso àqueles com quem me relaciono por amizade ou mera convivência social, afinal, como bem afirma a nossa Psicologia moderna somos todos sociais e disso não há como fugir, ainda bem que bem ou mal a tecnologia ainda contribui muito com a manutenção de alguns laços afetivos e sociais. Existem aqueles que se escandalizam com contatos virtualmente sociais, mas ainda assim me permito fazer uso de Orkut, MSN, Facebook e Twitter, pois uma pessoa imperfeita que se preze pode sim ceder de vez em quando, a tentação de escrever terrivelmente abreviado e bisbilhotar a vida dos outros pela internet, além disso falar de bobagens com os amigos distantes também é uma forma de nos mantermos o mais próximo possível destes. Ah como é gostoso gastar pelo menos 10 minutos por dia com esse tipo de atividade prazerosamente ociosa. Claro que nada substitui uma boa e calorosa companhia humana, o tocar suave e o cheirinho que somente ao vivo é possível contemplar, por isso, aconselho que todo mundo também se esforce para ter momentos assim, principalmente no âmbito familiar, de preferência na hora das refeições ou no mínimo durante a novela das oito, que aliás, NÃO sempre, mas algumas vezes ensinam tudo que a gente NÃO deve praticar na vida, como: maldade, superficialidade, preconceitos, injustiças e etc. Por fim, é evidentemente, que minha imperfeição não pára por aqui, infelizmente também costumo negligenciar um pouco a minha saúde na medida em que além de não praticar atividades físicas/esportivas ainda me permito comer saborosas porcarias doces, hum que delícia uma enorme taça de sorvete com cobertura cremosa, ou uma tijelinha de leite condensado com cereal crocante(...). Assim sou eu, não somente isso, mas também essa mulher perfeitamente normal e imperfeitamente humana. Diante disso, resta apenas dizer que na vida, o mais belo e mais importante, definitivamente não está nas coisas mais complexas e “certinhas” que se possa imaginar e sim na capacidade de olhar para dentro de si e conseguir enxergar que apesar de todos os defeitos e limitações pessoais, é possível amar a si mesmo, sem culpa e sem medo de admitir que nem tudo na vida precisa ser exatamente como achamos que deveria ser. É sempre bom lembrar que ao nascer, ninguém sai da maternidade com um certificado de garantia e selo de perfeição ao ponto de ser sempre um modelo a seguir...  


 Para referir este texto: SANTOS, Francisca Lucynara A. Perfeitamente normal e Imperfeitamente humana! disponível em http://psicologiamor.blogspot.com, postado em Junho de 2011.

Um comentário:

  1. Oi Lu, nossa que saudade tenho de você, lendo seu texto me identifiquei muito, kkkkkkk, principalmente na parte da não identificação com os afazeres domésticos, kkkkkkkkk, mais quero te dizer que casando amiga eles serão uma constante, mesmo se tiveres uma secretária do lar, toda preocupação com uma casa também faz parte da dor de cabeça, além de ter que ser profissional, mãe, dona de casa e uma mulher linda e cheirosa, aff só de pensar chega cansa né, mais te digo que tudo isso vale a pena!!!! bjusssssssssssssssssssssss
    muita saudade
    fica com Deus!!!!!!
    Patrízia Daniela

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