terça-feira, 24 de janeiro de 2012

VALE A PENA LÊR...



"E embora em nossa mente física não possamos estar cientes do motivo do nosso sofrimento, que pode nos parecer cruel e injustificado, nossas Almas conhecem todo o propósito, e estão nos guiando para que tiremos de tudo o máximo proveito." 
Edward Bach


“Quando se fala de doenças psicossomáticas, pode existir o perigo de que se pense curar uma doença somente com os meios psíquicos, usando assim a psicoterapia como um medicamento que é engolido e então tudo fica bem. Esse é um serio mal-entendido. Ele também é muito difundido entre certos psicoterapeutas e está implicado num desprezo pela medicina clássica.

Existe uma conexão entre doenças graves e  emaranhamentos nos destinos de membros da família.  Quando se pode criar uma ordem na mesma, que traga leveza e reconciliação, partindo da alma, isto também tem um efeito atenuante ou favorável e freqüentemente até curativo sobre a doença . Isto, entretanto em ação conjunta com muitas outras medidas, principalmente aquelas da medicina.

Freqüentemente diz-se a um doente que a sua enfermidade é de origem psicológica. Isto é freqüentemente vivenciado pelo paciente como uma depreciação, pois este pensa: “se eu fosse diferente, seria tudo melhor”. Mas não e assim, porque os emaranhamentos que agem por trás disto são inconscientes. O impulso por meio do qual alguém talvez se comporte de maneira destrutiva é totalmente inconsciente. Somente quando o emaranhamento que age em segundo plano vem à luz, pode-se mudar alguma coisa.

Às vezes, uma doença também pode ser benéfica para a alma. Então, não se pode tentar logo afastá-la sem eu o doente tenha suportado e, para formular de maneira paradoxal, sem que a doença tenha desenvolvido o seu efeito curativo, somente então ela pode ir embora.

Às vezes, por meio de uma doença manifesta-se algo que o doente não quer reconhecer, por exemplo, uma pessoa, uma culpa, um limite, seu corpo, sua alma, uma tarefa e um caminho que deva seguir.

A doença obriga a uma mudança. Por isto, o terapeuta alia-se, ao motivo e ao objetivo da doença, por exemplo, com a pessoa excluída, com a culpa refutada, com o corpo desprezado, com a alma abandonada, com a misericórdia e a chance que se revelam na doença. Quando isto é colocado em ordem, o doente pode viver melhor. E ele também pode morrer melhor, quando chegar a hora.

Em doentes com  câncer  por exemplo trata-se freqüentemente de que se exponham a gravidade da situação. A gravidade é, naturalmente, de que se trata de uma doença mortal e que se tem que encarar a morte. Freqüentemente, os doentes desejam que o câncer seja vencido. Mas isto não se pode, isto é ilusório.

Na maioria das vezes, as doenças são vistas como algo mau do qual queremos nos livrar. Mas, ao mesmo tempo, doenças também são processos de cura, principalmente para alma. Não se pode simplesmente colocá-las de lado. Pode-se ver que quando se admite que uma doença possa servir a uma causa, talvez mais elevada, então ela pode retirar-se. Ela cumpriu o seu dever. Mas deve ficar presente, não pode ser jogada fora. Então, às vezes, ela se retira. ”


Estrofes retiradas dos livros:

Desatando os laços do destino – Bert Hellinger. Ed Cultrix, São Paulo, 2006
A fonte não precisa perguntar pelo caminho – Bert Hellinger. Ed Atman, Minas Gerais, 2007


 
Lucynara Santos PSICÓLOGA-CRP17/1559 e-mail/contato: ynaralu@bol.com.br

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