quinta-feira, 21 de abril de 2011

O amor também precisa de ordem!

POR LUCYNARA SANTOS

Em Março de 2010 iniciei uma temporada de viagens de fim de semana para mais uma formação na área da Psicologia, o método? Constelações Familiares, algo ainda muito
novo no âmbito cientifico, porém, impressionantemente promissor e funcional, e olha que eu realmente acreditava que depois de cursos como Hipnose Ericksoniana, Programação Neurolinguística - PNL e leituras afins, nada mais me chamaria tanto a atenção no campo PSI – ledo engano o meu (...). Conhecida por uma postura sempre questionadora e amante do pensamento critico sobre as coisas do mundo, não demorou muito até que a sábia professora Dagmar Ramos, olhasse para mim e visse o ceticismo em pessoa. Sabe aquelas crianças que não se cansam de dizer “mas porque isso?”; “Como assim?” – muito prazer, assim sou eu desde os primeiros anos escolares (rsrs).  Coitada da professora e do restante da turma que pelo menos em sua grande maioria, e neste aspecto, em nada pareciam comigo – o meu ‘desconfiometro’ parece ser mesmo algo perpétuo e só deu trégua por volta do terceiro módulo do curso, foi quando comecei a acreditar que o amor realmente precisa de regras para fluir de maneira plena e saudável. Noutras palavras, mas ainda de acordo com os princípios da Teoria Sistêmica e o método das Constelações Familiares, para amarmos de verdade não basta pensar no outro vinte e quatro horas por dia, além das famosas juras de amor eterno (...). Os românticos de plantão que me perdoem, mas esse tipo de amor cem por cento irracional já era – se é que algum dia ele de fato já existiu né (...). Portanto, além de não adiantar mais bancar o “último dos românticos”, também não adianta se comportar como um neurótico egoísta dizendo: “mas comigo é totalmente diferente (...)”. Não estou falando de fórmulas ou receitas prontas sobre como se deve amar, claro que cada pessoa é única, mas a natureza humana e o amor em sua essência (in)felizmente não depende exclusivamente de quem se é, ou de quem o sente. O amor tem as próprias regras sim caros colegas! E graças a Deus, Hellinger conseguiu decifrar a pontinha do ice-berg para nós, pobres mortais que quase sempre ainda insistimos em tentar impor aos outros e a nós mesmos, certas fórmulas engessadas de amar.
A essa altura o leitor já deve estar impaciente para saber logo, que regras do amor são essas, certo? Pois bem, como tudo o que mais interessa nesta vida, o segredo para que o amor dê certo, não está em difíceis equações matemáticas, ou em grandes descobertas científicas como a teoria da Relatividade (Albert Einstein, séc. XX). O amor é uma das forças mais poderosas do mundo inteiro. Para acontecer, ele não escolhe cor, raça, crença ou cultura, o caminho para que ele dê certo e nos tornemos pessoas mais felizes e plenas, está em algo tão simples, que muitas vezes sem perceber, acabamos complicando tudo e deixamos escapar a chance de vivê-lo em toda a sua magnitude. Bert Hellinger nos fala que as "ordens do amor” são as leis que devem presidir nossos relacionamentos, para que o amor seja bem sucedido, e cujo desconhecimento ou desrespeito pode ocasionar conseqüências funestas”. Vale salientar que em nenhum momento fala-se aqui apenas do amor entre um homem e uma mulher, pois, em essência, o amor é um só, tanto entre casais, irmãos, amigos, colegas de trabalho e etc. O primeiro e talvez mais importante passo a darmos rumo a livre experiência amorosa está, em sempre e antes de tudo, honrarmos nossos pais, isso mesmo, não estou fazendo apologia a nenhum dogma ou crença religiosa, noutras palavras, estou falando aqui de uma forma de amor que reconhece e reverencia aqueles que nos deram o bem mais precioso – a Vida. Parece óbvio não é mesmo? Mas não é, acredite! Este tipo de amor ao qual outro teórico da Psicologia chamado Carl Rogers também já tratou especialmente na relação terapeuta-cliente, seria o “amor incondicional”, ou seja, aquele amor que não exige nada em troca para acontecer, um amor sem pré-condições e sem julgamentos. Esta perspectiva de amor configura-se então como o segundo passo para vivermos plenamente uma verdadeira experiência amorosa, pois além de sermos suficientemente gratos pela vida aos nossos pais e seus respectivos antecedentes, na medida que aprendemos a amar de forma incondicional começamos a amar exatamente aquilo que se é e não aquilo que gostaríamos que o outro fosse. Numa relação conjugal por exemplo, é importante ter tudo isso muito claro, pois somente quando conseguimos aceitar o outro com todas as suas dádivas e imperfeições, nos tornamos realmente livres para integrar em nós mesmos a experiência do amor em toda a sua plenitude. Para que o amor conjugal dê certo não é preciso que as duas pessoas sejam muito parecidas ou totalmente diferentes um do outro, essa história que os opostos se atraem quase nunca é verdadeira, a idéia aqui defendida é que haja uma maior capacidade de simplesmente amarmos aquilo que se é, seja como for (...). Claro que isso não é nada fácil, pois infelizmente somos educados para amar aquilo que se assemelha a nós mesmos e não o que nos diferencia enquanto pessoas únicas porem igualmente especiais. E então? Será que já sabíamos de tudo isso? Se sua resposta for sim, então responda também porque será que nos dias de hoje a sociedade insiste tanto na construção de laços afetivos cada vez mais frágeis e solúveis? O que mais falta aos casais de hoje? Que tipo de amor você procura e o que realmente tem feito para encontrá-lo? Será que você não está simplesmente procurando ver espelhos? Mas não se desespere, com o método das constelações familiares aprendi também que nunca é tarde para colocar a vida em ordem?! Essa é apenas uma das possibilidades de mudança e quebra de paradigmas que pretendo ajudar a disseminar, porém a escolha do caminho rumo a felicidade é de cada um.
para referir:
SANTOS, Francisca Lucynara A. O amor também precisa de ordem! - in. Internet, disponível em http://psicologiamor.blogspot.com/, postado em 2011.


LINK: Psicologia com Amor...: O amor também precisa de ordem!

Um comentário:

  1. Eu procuro a cada dia me livrar desses espelhos, mas infelizmente ainda não consegui e sofro muito por isso! :)

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